quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O QUE É CINEMA ARTESANAL





Cinema artesanal é um cinema feito para pequenos públicos, com recursos simples e com atores e técnicos voluntários, veiculando mensagens personalizadas, porém com finalização profissional dentro de uma plataforma de edição digital.
O Cinema artesanal não tem finalidade de lucros financeiros ou de atingir grandes mídias, mas trabalhar para pequenos públicos.





O Cinema Artesanal é uma idealização de Gercio Tanjoni e Elizete Lee, que produzem filmes através da Mistifilmes desde os anos 70, que  já produziu aproximadamente 250 trabalhos entre filmes, documentários, biografias, sendo que iniciou com o celuloide do tipo Super 8, passando pelas mídias do VHS, Super VHS, Hi 8 e Digital, trabalhando atualmente na plataforma full HD.

Quem Somos:

Gercio Tanjoni, Paulistano,  inscrito como produtor cultural no ANCINE sob numero 21.222.
Está no ranking dos 10 maiores diretores de Super 8 do Brasil, de acordo com o livro Super 8 no Brasil – Um sonho de cinema – de Antonio Leão da Silva Neto, um dos maiores conhecedores do cinema brasileiro, publicado no ano de 2017.
Já dirigiu aproximadamente 250 trabalhos nos 43 anos de existência do Grupo Mistifilmes.
Também é detentor do maior diário pessoal digitalizado do Brasil, reconhecido pelo Rank Brasil.







Elizete Lee, Paulistana, trabalha na equipe da Mistifilmes como roteirista, maquiadora, cenógrafa e assistente de edição. Roteirizou três longas metragens, registrados no ANCINE e dois documentários. 
Em 2013 foi premiada com o melhor vídeo no Concurso "FENAE"-com o tema: "Mulheres que inspiram nossas vidas"






terça-feira, 2 de outubro de 2018

JOÃO DE CAMARGO






João de Camargo nasceu em Sarapuí a 05 de Julho de 1858,religioso brasileiro, também considerado santo popular, milagreiro e preto-velho. Viveu a maior parte da sua vida na cidade de Sorocaba, no estado de São Paulo e lá também fundou a Igreja do Bom Jesus do Bonfim das Águas Vermelhas ou simplesmente, Igreja das Águas Vermelhas.
O Camargo de seu nome é uma herança de seu dono, pois João nasceu escravo. Trabalhou como cozinheiro, agricultor, oleiro e até foi militar. Casou-se com Rosário do Espírito Santo, vivendo com ela por cinco anos.
Mas o que chama a atenção de João de Camargo é sua influência religiosa. Pode-se dizer que ele praticava um sincretismo muito interessante entre o catolicismo, as crenças populares e o culto aos Orixás.

Ganharia, de seus devotos, o apelido de Nhô João. João de Camargo sofreu desde cedo tanto com sua mediunidade quanto com sua doença, o alcoolismo. Esse mesmo alcoolismo que o impediu de começar o quanto antes a trabalhar de forma missionária. É dito que em 1905 durante o percurso pela Estrada da Água Vermelha, estava cumprindo uma obrigação religiosa, acendendo velas ou rezando junto a cruz do menino Alfredinho – simbolizava o local onde esse menino havia morrido, e como era costume, colocava-se uma cruz. Por Alfredinho ser ainda criança, a cultura popular o colocava como uma espécie de santo ou anjo popular – começou a reparar com estranhos acontecimentos: luzes, vozes, manifestações físicas, entre outros.

João, era médium e uma das suas faculdades era a clauriaudiência, ou seja, a faculdade de ouvir os espíritos. Uma dessas vozes trouxe uma mensagem impondo que ele deveria parar de beber, pois isso impedia ele de continuar a missão que fora designada e escolhida por ele.
Nhô João, continuou a ouvir as vozes e não havia largado a bebida, só fazendo após ouvir novamente a imposição de outra voz por volta de 1906. Também fora lhe dito que ele deveria construir a capela da Água Vermelha, onde iria atender de forma caritativa todos aqueles que precisavam de cura.
Chegou a ser processado em 1913 pela prática de curandeirismo, sendo absolvido logo depois. Fundou a Associação Espírita e Beneficente Capela do Senhor do Bonfim, a fim de proteger o seu trabalho e evitar novos processos.
Desencarnou em Sorocaba, no dia 28 de setembro de 1942. Deixando o legado da Igreja da Água Vermelha e também do trabalho em prol dos necessitados.
fonte: [www.perdido.co]

[ASSISTA O DOCUMENTÁRIO ABAIXO:  " NO TEMPO DE JOÃO DE CAMARGO"




AS ROSAS NÃO FALAM


Maria da Penha é uma farmacêutica brasileira, natural do Ceará, que sofreu constantes agressões por parte do marido.Em 1983, seu esposo tentou matá-la com um tiro de espingarda. Apesar de ter escapado da morte, ele a deixou paraplégica. Quando, finalmente, voltou à casa, sofreu nova tentativa de assassinato, pois o marido tentou eletrocutá-la.
Quando criou coragem para denunciar seu agressor, Maria da Penha se deparou com uma situação que muitas mulheres enfrentavam neste caso: incredulidade por parte da Justiça brasileira.
Por sua parte, a defesa do agressor sempre alegava irregularidades no processo e o suspeito aguardava o julgamento em liberdade.
Em 1994, Maria da Penha lança o livro “Sobrevivi...posso contar” onde narra as violências sofridas por ela e pelas três filhas.

Da mesma forma, resolve acionar o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM).
Estes organismos encaminham seu caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1998.
O caso de Maria da Penha só foi solucionado em 2002 quando o Estado brasileiro foi condenado por omissão e negligência pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Desta maneira, o Brasil teve que se comprometer em reformular suas leis e políticas em relação à violência doméstica.
Anos depois de ter entrado em vigor, a lei Maria da Penha pode ser considerada um sucesso. Apenas 2% dos brasileiros nunca ouviram falar desta lei e houve um aumento de 86% de denúncias de violência familiar e doméstica após sua criação.
[fonte: www.todamateria.com.br]

O vídeo abaixo foi premiado pela FENAE (Federação Nacional dos Empregados da Caixa Federal) em 2013, como melhor vídeo realizado através do Concurso Nacional: "Mulheres que Inspiram nossas vidas" , onde a personagem central é Maria da Penha.





terça-feira, 18 de setembro de 2018

O PÓ






“Quando eu ia aos campos meditar nos tempos secos,

vinha o pó sobre mim.
E eu meditava:
Sopra o vento o pó fino que vem de um passado
O fim de um destino, de um tudo acabado...”


Trecho do poema de Olímpio Simões  nascido em São Paulo 1916 e falecido em 1986. Era filósofo, poeta, músico e de uma sabedoria genuína e uma espiritualidade universalista.
O vídeo abaixo contém cenas raras de Olímpios Simões na Cidade de São Paulo em 1980 e de Gercio Tanjoni interpretando o poema “ O Pó” filmado em 2009 na Cidade de Caçapava/SP.




sábado, 15 de setembro de 2018

FRAGMENTOS - MEMÓRIAS DE GERCIO TANJONI








FRAGMENTOS é uma série de filmes produzidos desde 1995, mostrando a historia de Gercio Tanjoni ao longo de sua vida.
Até o momento contempla 54 episódios, divididos em 4 temporadas.
FRAGMENTOS é baseado nas “Memórias” de Gercio, escritas desde 1965 de forma sistemática.
Essas Memórias atingem atualmente 26.000 páginas, divididas em 170 volumes contendo mais de 15.000 fotografias.
O Rank Brasil, em 2015 reconheceu as Memórias de Gercio como o Maior Diário Digitalizado do Brasil.




 Os episódios de FRAGMENTOS  resumem, de forma objetiva, todos os passos de um homem que sempre lutou para se manter firme diante da vida, tão diferente dos seus valores intrínsecos. A luta para um artista se manter dentro da sua arte, as adversidades e os problemas pessoais, são detalhados a cada episódio, mostrando ainda  intersecções com o mundo exterior.
Ao final, a sensibilidade deve sempre imperar, vencendo as adversidades e a vitória é sempre representada pelos valores espirituais e pela consciência de estar vivendo um momento único e eterno.
Os episódios de Fragmentos variam de 20 a 40 minutos em média.
Dentro da série diversos personagens da vida de Gercio são mostrados e homenageados.
Contam com a assessoria técnica de Elizete Lee e Igor Verissimo, que auxiliam nas filmagens e na busca de material informativo.

FRAGMENTOS é complementado por outra série chamada SENSAÇÕES, atualmente com 40 episódios e já na segunda temporada. SENSAÇÕES é um complemento dos sentimentos do artista diante do mundo, suas divagações, seus sonhos e sua busca pela espiritualidade. Neste trabalho, as sensações do autor (Gercio Tanjoni) são analisadas de forma racional, mostrando ser tão reais e presentes na vida das pessoas como os fatos materiais.












domingo, 29 de outubro de 2017

PRÉ-ESTREIA DO FILME "U T O P I A"

UTOPIA é um filme realizado pela Mistifilmes que realiza cinema artesanal desde 1975.


domingo, 13 de novembro de 2011

O Menino e o Projetor

Há alguns anos senti a necessidade de fazer um blog sobre os trabalhos em filmes e vídeos do meu marido (Gercio Tanjoni), apesar de já existir o blog da sua produtora onde apresenta os trabalhos desde 1975. Na verdade, eu queria mostrar o “personagem” Gercio na visão de quem convive com ele desde 2001.
Quando eu o conheci e ele me disse que fazia filmes desde jovem, confesso que fiquei um tanto desconfiada, pela quantidade e variedade; e o mais inusitado, sem patrocínio de ninguém! Trabalhava durante a semana em serviços burocráticos, e no final de semana pegava a sua câmera e saía pra filmar, não aleatoriamente, mas com um roteiro.
Ele foi influenciado pelo seu pai, que assistia os filmes clássicos dos anos 50. Desde os quatros anos de idade, suas brincadeiras foram voltadas a escrever historinhas e criar personagens que viravam heróis ou vilões. Criou um  projetor feito com caixa de sapatos com um buraco na frente, onde passava as fitinhas recortadas de gibi ou revistas para os meninos da rua onde morava em São Miguel Paulista. (Bairro da periferia da Cidade de São Paulo).
Criou um clube (Cine Paraizópolis) juntamente com os outros meninos da rua. Eles apresentavam o filminho e cobravam uns centavos e com isso podiam comprar mais gibis e revistas para as futuras apresentações.
Por volta dos dez anos de idade, o Gercio conseguiu guardar algum dinheiro cobrado das apresentações, e mandou fazer, em um marceneiro, um projetor de madeira. Aquele objeto se tornou a atração da meninada e das famílias do Bairro. Por muitas vezes, o Gercio apanhava de alguns moleques briguentos, pois o sucesso dele no bairro era grande.
Contando esta passagem da vida do Gercio, me lembrei do menino Totó personagem do filme "Cinema Paradiso" de 1988-(Giuseppe Tornatore). O personagem do filme tinha a própria essência de vida do Gercio. Chorei muito com o filme, e pude entender toda a emoção que ele traz dentro de si, quando fala de sua infância e juventude. Filmar é como respirar para ele, tornando-se impossível parar de fazer filmes.

Assista a seguir a dois videos: um vídeo sobre a Mistifilmes e o outro mostrando um dos filmes em papél manteiga que ele produzia em 1964, exibido através do antigo projetor de madeira.








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